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Na abertura dos trabalhos legislativos de 2021, nesta terça-feira (2), o governador Mauro Mendes (DEM) criticou, sem citar nomes, membros da Assembleia Legislativa que estejam espalhando notícias falsas sobre a atual gestão.
Apesar de não citar ninguém, o recado do democrata foi interpretado como sendo ao deputado Ulysses Moraes (PSL), que pelas redes sociais acusou o Governo de “sumir” com mais de 30 mil doses da vacina Coranavac em Mato Grosso. O fato foi negado pelo Executivo, que classificou a acusação de fake news (leia AQUI)
No discurso, Mendes agradeceu o apoio recebido da maior parte dos deputados, mas lamentou a postura de quem estariam agindo para tentar desconstruir o Governo.
“Não tem como deixar de dizer isso aqui, olhando no olhos de todos os senhores: só lamento que alguns ainda usam de mentiras, de fake news, de inverdades, para destruir aquilo que é construído no pilar da verdade e da seriedade. É muito lamentável”, afirmou.
“Porque tudo o que aqui acontece é pago com o dinheiro do contribuinte, é pago com o dinheiro dos impostos. Não pagamos para que alguns poucos usem dessa prerrogativa para espalhar fake news e mentiras, que é um desserviço à sociedade, ao cidadão e que acaba manchando essa Casa de Leis”, acrescentou.
Mendes ressaltou que respeita o trabalho da oposição, desde que resulte em um “debate respeitoso", pela pluralidade das ideias.
“A maioria dos deputados pensa na população, trabalha, defende, faz um contraponto. Isso é saudável. Eu respeito a oposição séria, aquele que critica projetos, não faz ataques e não espalha fake news. Ela faz parte da democracia”, disse.
“Vocês nunca me viram fazer ataque pessoal a nenhum deputado dessa Casa ou do Parlamento federal. Posso até discordar, como seguramente vamos discordar, porque isso faz parte da dialética e da democracia”, acrescentou.
Vacina e fake news
Em conversa com a imprensa, logo após o discurso, Mendes foi questionado se a declaração seria uma indireta ao deputado do PSL. Mendes respondeu que trata-se de uma mensagem em “alusão à qualquer pessoa, qualquer político que esparrame mentiras por aí”.
Ele cobrou mais rigor da lei contra casos desse tipo.
“Vale para qualquer um. É um desserviço que se faz à sociedade, é um desrespeito à verdade e é lamentável que a lei brasileira seja tão ineficiente para isso. Está aí um tema para o Congresso Nacional ter coragem [de debater]”, afirmou.
“As pessoas de bem têm que entender que essas mentiras que são esparramadas, sejam por quem quer que seja, além de um desserviço, é um desrespeito à sociedade e a todos nós, cidadãos que somos de bem”, completou.
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