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O governador Mauro Mendes (DEM) decidiu abandonar a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para implantar o BRT (ônibus de trânsito rápido).
O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (21), após uma reunião no Palácio Paiaguás com representantes das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo dados do Executivo, a obra do VLT é inviável. Ele afirmou, por exemplo, que a tarifa do BRT ficaria na casa de R$ 3,04, enquanto a do VLT seria R$ 5,28.
O custo para conclusão do VLT seria de mais R$ 763 milhões, enquanto a alternativa ficaria em R$ 430 milhões. Outro problema do VLT seria a forma de contratação. Haveria um imbróglio para contratação da fabricante dos trens por ter sido declarada inidônea pelo Governo do Estado.
O Governo ainda apresentou as dificuldades quanto à ampliação do modal. A do BRT é de “fácil” possibilidade, enquanto do VLT, “difícil”.
O número de passageiros do atual sistema e a velocidade do modal também seriam reduzidos. Atingiria 118 mil/dia a 21 km/h, enquanto o BRT seria de 155 mil passageiros por dia, a uma velocidade de 25 km/h.
Além disso, o compartilhamento da infraestrutura pelos demais ônibus é considerado possível com BRT, e impossível com VLT, segundo Mendes.
“Nos restou muito claro e muito objetivo, que por uma questão técnica, por uma questão econômica de curto prazo e por uma questão econômica de médio e longo prazo, a melhor solução para dar um fim nesse pesadelo é a mudança do modal de VLT para BRT", anunciou.
"Vamos iniciar imediatamente as ações para que possamos acabar com essa obra parada e dar uma solução definitiva para a mobilidade urbana da cidade de Cuiabá”, completou.
Estudo técnico
Mendes afirmou ter recebido o relatório final sobre a viabilidade do modal há alguns dias e enalteceu o trabalho desenvolvido pela equipe técnica, ressaltando que a análise foi longa, razão pela qual a decisão demorou a ser tomada.
“Nós gostaríamos de ter tomado essa decisão em 2019, mas não foi possível, porque percebemos que os problemas eram muito maiores do que prevíamos”, disse.
Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria até seis anos para conclusão, custosa aos cofres públicos, com pouca vantagem à população e ainda contaria com uma tarifa muito alta.
“É muito mais econômico e vantajoso para a população mudar para o BRT. Nós avaliamos os custos, o risco e o tempo para resolver essa situação que perdura há mais de seis anos. É uma alternativa muito mais lógica e racional”, afirmou Mendes.
Obra parada
O modal bilionário está paralisado desde 2014 e já era alvo de oito ações judiciais, dentre elas uma que foi motivada pela revisão contratual com o consórcio VLT.
“A decisão se deu por prática de corrupção desses agentes públicos e alvo de delações”, disse o governador.
A decisão a respeito do contrato já está transitada em julgado e o Estado de Mato Grosso não tem mais acordo vigente com o consórcio.
O VLT teve custo previsto de R$ 1,4 bilhão, sendo que R$ 1,08 bilhão já foi pago ao Consórcio, mas nem um terço do modal - que deveria ter sido entregue na Copa do Mundo de 2014 - foi concluído.
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